segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Trabalho Final


A crescente procura por elementos teatrais tem dado ao mundo da arte novos caminhos e escolhas, nas quais, muitos nem sequer tinham pensado em seguir. Produção, criação, atuação todos são ramos do teatro e que podemos investir de acordo com o que sentimos referente a cada ramo citado. Se gostamos de atuar então atuaremos, se gostamos de produção então produziremos e assim por diante. Porque a arte não pode parar!
E falando sobre arte, a realização da máscara da Coruja foi um sucesso. A oficina durou somente 8 horas (quatro no sábado e mais quatro no domingo), o que deveria mudar afinal o necessário para a confecção total da máscara são 16 horas, pois assim temos o tempo essencial para a secagem das camadas de empapelamento e pintura da máscara.
A criação da máscara ocorreu para o personagem Tabarim, da peça “Tabarim, Guarda de Honra”. O personagem que é um tanto espertalhão como os Zannis da Commedia dell’Arte, e como os Zannis também um empregado de uma família “bem de vida” provoca no público o riso e a raiva. O riso porque suas trapaças são engraçadas e raiva porque de certa forma essas trapaças são injustas para com os outros personagens.
Como na Commedia dell’Arte os empregados são representados por uma máscara zoomórfica e geralmente são aves, a máscara escolhida foi a de uma coruja. A coruja além de ser uma ave ágil, esperta e um tanto sombria é também considerada um símbolo da inteligência. Noturna, a coruja já chegou a ser vista por alguns como uma premonição de morte através do seu piar e esvoaçar. Porém, a coruja da nossa peça não chega a tanto. Tabarim às vezes é atrevido demais, mas os males que provoca são ingênuos, não são pensados propriamente para aquele fim.
Sendo assim, a escolha da cor foi desenvolvida em cima das cores de uma coruja comum. O branco, o amarelo e o marrom foram utilizados respeitando a paleta de cores escolhida pelo grupo. Dessa forma, pudemos aproveitar as tonalidades diferentes vindas com as misturas entre as cores primárias. Misturando a cor amarela com a preta e a magenta nós obtemos o marrom. Do mesmo jeito que obtivemos os vários tons de amarelo, desde o mais claro para o mais escuro. 
A textura da meia-máscara ficou lisa, se baseando nas características do animal. Então, não usamos massa corrida para produzir as penas ou o bico do bicho. Para tal, utilizamos a pintura para imitar as penas, penugens, olhos e o bico. Só o empapelamento já foi suficiente para criar a base em que podíamos trabalhar. O bico foi criado num tom cinza petróleo, com preto mais embaixo e um quase azul por cima para compor o sombreamento.
Para o acabamento foram coladas penas verdadeiras e pelúcia (remetendo a penugem) para dar a textura final. Foi passado mais uma mão de tinta nas penas e para o encaixe da máscara no rosto foi fixado um elástico nas extremidades verticais (direita e esquerda). E assim, construímos uma meia-máscara.
Finalizando, concretizar essa máscara foi uma atividade muito agradável. Materializar um dos elementos mais dramáticos do teatro (que é a máscara) não só nos deu um aprendizado maior como também nos fez refletir muito nos diversos tipos de materiais que podemos utilizar para a confecção de tal elemento. Foi uma experiência nova e muito enriquecedora. Com certeza, temos agora uma nova visão do teatro, mais figurativa, mais tocável, mais simbólica.

Bibliografia Consultada:
Livros on-line Semana 05, 07 e 08 do curso de Licenciatura em Teatro, UAB-UnB, 2010.

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